POEMAS
Poema de Manuel da Fonseca - " Sol do mendigo"
Olhai o vagabundo que nada tem
e leva o sol na algibeira!
Quando a noite vem
pendura o sol na beira dum valado
e dorme toda a noite à solheira...
Pela manhã acorda tonto de luz.
Vai ao povoado e grita:
- Quem me roubou o sol que vai tão alto?
E uns senhores muito sérios rosnam:
- Que grande bebedeira!
E só à noite se cala o pobre.
atira-se para o lado,
dorme, dorme...
Este grande Poeta alentejano nasceu em Santiago do Cacém em 15-11-1911, onde passou toda a sua juventude e férias ( quando as tinha ) e morreu em Lisboa em 11-03-1993
Colocado por FRANCISCO JOSÉ NUNES LAMPREIA
Poema de Alda Guerreiro. Painel do Museu Rural da Abela, Santiago do Cacém.
Fotos de FILOMENA BARATA
CANTEM MOÇAS
Cantem moças, cantem moças
Nesta linda sociedade
Qu'é para quem passar dizer
Viva as moças d'Alvalade
Colocado por FILOMENA BARATA
Planície Alentejana
Emerge a planície, num tom triste,
do ventre duma terra fecundada,
onde a esperança canta uma alvorada,
a cada homem do sul qu’inda resiste.
Amarro o meu olhar à terra calma,
lonjura dos espaços cor de trigo,
terra raíz, do sonho onde me abrigo,
da saudade que dói e fere a alma.
Ganham-me asas o sonho e a di...stância,
que vão desde o que sou, à minha infância,
prisioneiro eterno dos seus espaços,
E à planície que um dia me deu vida,
vou pedir que também me dê guarida,
quando voltar de vez para os seus braços.
Orlando Fernandes (Alentejo… e Outros Poemas)
Colocado por LUMIFE
Mais um maravilhoso poema de Orlando Pernandes. Obrigada!
ResponderEliminarFelismina mealha